Santos Jonas e Barachiso
Século IV
A narrativa do martírio sofrido pelos irmãos cristãos, Jonas e Barachiso, persas da cidade de Beth-Asa, em 327, é uma das páginas mais violentas do sofrimento católico. Entretanto, a descrição das torturas infligidas aos irmãos foi registrada por um pagão, o comandante da cavalaria do mandante imperador sanguinário.
Por sua atitude,
ambos, foram presos e levados à presença do juiz. Aí começou a descrição de
todo o terror. Como se negaram a adorar o rei, o sol e a lua, falsos deuses, o
juiz mandou separá-los para tentar enganar os irmãos. Barachiso foi colocado no
calabouço, enquanto Jonas era barbaramente açoitado. Depois, teve os pés atados
e foi jogado nas águas cobertas de gelo.
O juiz chamou então
Barachiso e relatou as torturas de Jonas, dizendo-lhe que seu irmão tinha
sacrificado aos deuses. Barachiso não acreditou e fez um discurso tão eloqüente
em defesa do cristianismo, que o juiz ordenou que seu processo continuasse
somente à noite, longe do público, temeroso de que suas palavras acabassem
convertendo ali mesmo alguns pagãos. Como castigo, mandou que colocassem ferros
em brasa em seus braços. Os torturadores lhe deitaram chumbo derretido pelas
narinas e olhos. Foi devolvido ao calabouço, pendurado por um dos pés.
No dia seguinte, o
juiz tentou a mesma tática com Jonas, depois de mandar tirá-lo das águas
geladas. Disse que Barachiso tinha abandonado sua religião. Este também não
acreditou e respondeu com outro discurso fervoroso. Em contrapartida, os
torturadores cortaram-lhe as mãos e os pés, arrancaram-lhe a língua e o couro
cabeludo, jogaram seu corpo no piche em ebulição, depois cortaram seu corpo em
pedaços e jogaram numa cisterna. Quanto a Barachiso, bateram-lhe com ferros
pontiagudos, deitaram-lhe piche e enxofre ferventes pela boca, e o maltrataram
até que não desse mais sinais de vida.
Realmente, trata-se
de uma página chocante do cristianismo dos primeiros tempos, mas importante e
cujo registro se faz necessário, para que continue preservada no conhecimento
dos católicos dos nossos tempos. De maneira que se compreenda como a fé em
Cristo sobrevive a todos os suplícios psicológicos e de sangue através dos séculos
para a glória na eternidade de Jesus, o Redentor da Humanidade.
Fonte: Paulinas em 2014
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